Malhadinha NON STOP

Quem conhece o trabalho desenvolvido desde os finais da década de 90 pela família Soares, sabe que não brincam em serviço. Vencedores de vários prémios nas áreas do vinho, do turismo, da gastronomia e do enoturismo, não descansam sobre as conquistas alcançadas, continuando a trabalhar no crescimento da oferta de produtos e serviços da Herdade da Malhadinha. Desta vez, inauguraram dois novos espaços, um wine bar e um SPA.
Adquirida em 1998 pela família Soares, a Herdade da Malhadinha começou por ser um refúgio familiar, mas cedo se aperceberam de que tinham de partilhar com o mundo aquele lugar mágico onde sonharam fazer um projecto de enoturismo de topo. E conseguiram.
O mundo do vinho não lhes era estranho (são os donos das garrafeiras Soares, espalhadas por toda a costa algarvia, e mais recentemente de uma distribuidora) mas quiseram materializar o negócio com uma marca de vinhos própria e um lugar onde pudessem receber quem os quisesse visitar, num Alentejo a perder de vista, com bonitos montes e planícies. Plantaram então 200 hectares de vinha e, só mais tarde, em 2008, abriram o hotel na Peceguina, um dos montes da propriedade. Hoje, são mais de 450 hectares de vinha distribuídas pela Malhadinha e por outra propriedade (Vale Travassos) que entretanto adquiriram; e o hotel foi ampliado através da recuperação de algumas ruínas em villas de luxo noutra herdade vizinha à Malhadinha, que também compraram (Herdade do Ancoradouro). Um projecto que cresceu devagar, de forma muito sustentável, e com um espírito empreendedor de louvar.
Desde o início, toda a família está envolvida na divulgação e promoção dos vinhos da propriedade, incluindo as crianças da família, que sempre colaboraram com bonitos e já emblemáticos desenhos para os rótulos de vinho ali existentes. Não é por isso de estranhar que os visitantes se sintam em casa, até porque, quase sempre se encontra por lá algum membro deste clã familiar dinâmico, que tão bem sabe receber.
No enoturismo, as actividades são diversas. Há visita às vinhas e adega, seguida de prova de vinhos. Mas também existem outras actividades complementares como fazer piqueniques na vinha, andar a cavalo (um dos últimos investimentos foi passar os cavalos para um local mais espaçoso, e os antigos estábulos foram reconvertidos em recepção, loja e sala de provas), andar de moto 4, pescar na barragem, praticar tiro ao alvo ou andar de balão, tirar fotografias, pintar, entre outras diversões.



O Hotel, que iniciou com 10 quartos no núcleo da Peceguina, foi recentemente ampliado com mais 20 quartos distribuídos por ruínas recuperadas, espalhadas pela propriedade: a casa das Pedras ( com 4 suites, terraço e piscina privada); Casa do Ancoradouro (com 7 suites, uma piscina, biblioteca e wine bar e um pavimento em terracota produzido pelo Mestre de Beringel, o ex-libris da casa que remete às tradições com uma interpretação moderna), a Casa da Ribeira (com 3 suites com terraço privado e 1 piscina); a Casa das - Artes e Ofícios (com duas suites e uma ampla sala com objectos artesanais e decorativos que podem ser comprados pelos hóspedes apoiando assim artesãos e artistas); e finalmente a Venda Grande, situada na Aldeia de Albernoa a cerca de 5km da Herdade da Malhadinha Nova.
Os novos investimentos
Com o objectivo de oferecer espaços cada vez mais acolhedores, a família Soares avançou em criar mais conforto junto aos restaurante. «Sentimos necessidade de ter um local mais perto do restaurante, onde as pessoas pudessem esperar pela mesa e descontrair um pouco, beber um vinho de entrada ou tomar um digestivo depois da refeição», explica Rita Soares, Administradora da Malhadinha. Assim, do lado de fora do restaurante foram colocados alguns sofás e mesa iluminados e, já no interior do restaurante, numa divisão onde já se faziam e continuam a fazer refeições, um balcão foi renovado e transformado em wine bar. Este investimento foi uma mais valia em relação ao que já existia, tal como o SPA, que sofreu uma total remodelação e agora tem um novo conceito.
Desenhado pelo ateliê Aires Mateus e decorado por Maria Rebelo Pinto, o SPA conta com tratamentos faciais exclusivos no Alentejo, da marca açoriana IGNAE. A evolução deste espaço era uma prioridade do projeto, que procurou, em conjunto com os arquitectos, desenhar e decorar um local em profunda relação com a natureza.
Tratamentos de luxo do M Welness Spa
Com 110m2, o SPA tem um duche sensorial, três salas de tratamento, e uma sauna, com janelas rasgadas para a paisagem alentejana. O verde é a primeira aventura do arquiteto na cor, que optou por um revestimento manual e artesanal no interior e exterior, inspirado na paisagem vitivinícola.
As imponentes banheiras verdes Agape marcam presença nas salas de tratamento, harmonizando com o trabalho da empresa centenária italiana La Calce de Brenta, especialista na colocação manual de revestimentos com pó de mármore e cal, aplicado nas paredes e tetos do SPA. Nas escadas, casas de banho e duches, foi colocada pedra de mármore natural da RMC, reconhecida empresa portuguesa especialista em mármores. No exterior, à semelhança do que já havia sido feito noutras zonas da herdade, o artesão Matteo Brioni aplicou argila com pigmentos naturais, à mão, em toda a fachada.
O novo spa conta ainda com iluminação Davide Groppi, sauna Balness, louças de casa de banho Nic, mobiliário de exterior Vincent Sheppard, mobiliário interior da Artek, linhos e tecido Kvadrat e James Malone, e turcos da marca portuguesa Graccioza. «São estes detalhes, estes pormenores que fazem do novo SPA um lugar único. Não quisemos fazer mais do mesmo, tudo aqui tem uma história», afirma Rita Soares.
Nos tratamentos, também foram pensadas experiências diferentes, da IGNAE (marca de produtos naturais dos açores), focadas em produtos específicos para rosto; e tratamentos corporais com recurso ao vinho, mel e alecrim, três ingredientes base da Herdade da Malhadinha Nova.



Os tratamentos faciais IGNAE variam entre combinações de cremes e séruns, pensados especificamente para cada necessidade da pele do rosto. Dos mais hidratantes, aos desintoxicantes, passando pela estimulação do colagénio ou relaxamento, com recurso a príncipio ativos como o ácido hialurónico, o bakuchiol; instrumentos como o Gua Sha e o Ridoki Roler; e óleos essenciais como: girassol, chia, rosa canina, camélia japónica ou grainha de uva.
As massagens corporais, individuais ou em casal, misturam banhos de vinoterapia, óleos de grainha uva e degustações de vinho ou rituais de chá; assim como experiências com pedras quentes; massagem lomi lomi, inspirada na medicina tradicional havaiana, massagem indiana; drenagem linfática; entre outras. A complementar, as aulas de yoga, com duche sensorial, sauna, almoço nutricional com ingredientes biológicos produzidos na herdade a harmonizar com os vinhos, azeite, mel e terapias de relaxamento ou alinhamento de chakras. «O projecto tem um conceito muito holístico, e pretende promover o bem estar na globalidade. Apostámos na arquitectura, nos materiais, mas também na qualidade dos programas que têm obrigatoriamente de corresponder às expectativas de quem nos visita», remata a administradora.

