Mirabilis, o clássico branco duriense da Quinta Nova
Além do vinho do Porto, o Douro sempre foi uma região de tintos, mas nos últimos anos os vinhos brancos têm dado cartas. Quando surgiu pela primeira vez, este que já é um clássico da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo foi um dos que surpreendeu o mercado com a sua qualidade. A nova colheita (2022) foi agora lançada no mercado.
A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, uma das mais reconhecidas propriedades durienses acaba de lançar a sua nova colheita de vinho branco Mirabilis. Este novo lançamento, fruto de um cuidadoso processo de vinificação e da seleção de castas autóctones, surpreende com a sua frescura e complexidade.
Proveniente da seleção rigorosa de pequenas parcelas de vinha escassas e do sonho de ir mais além para desenhar um vinho do Douro para o Mundo, a nova colheita dá continuidade ao legado da última década e traduz-se num vinho autêntico e raro: «Entrar no mundo Mirabilis é transcender a territorialidade, é criar com energia e convicção um vinho irrepetível, que se perpetua no tempo. Uma promessa de descoberta», defende Luísa Amorim, CEO da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. «O tempo de espera em garrafa mostrou-se benfeitor, ao conceder ao vinho uma camada extra de complexidade e elegância, com destaque para a frescura, estrutura e acidez», salienta.
À semelhança das edições anteriores, também o Mirabilis branco 2022 tem como berço as topografias mais altas do Douro, onde habitam uvas de vinhas velhas, algumas delas centenárias. É na altitude que a região vinhateira se transforma, com as temperaturas mais baixas a permitirem que as uvas brancas alcancem o ponto ideal de maturação. A fruta e a mineralidade expressam-se com clareza e transparência, características que se interligam com a textura firme e a estrutura linear que definem a espinha dorsal desta referência marcada por uma boa profundidade.
Elaborado com Viosinho e Gouveio, entre outras castas de rara produção, na génese do Mirabilis estão ainda solos de transição xisto/granito, localizados a uma altitude superior a 650 metros. Este vinho tem um estágio em madeira de segundo e terceiro ano, de forma a que a madeira não se sinta de forma intensa e sim harmoniosa. Uma enologia minimalista, defensora máxima da preservação desta viticultura de montanha. «2022 foi um dos anos mais desafiantes no Douro. Não há dúvida de que a altitude e a mão humana fazem a diferença na decisão do ponto ótimo de maturação, apesar dos dias quentes e das noites frescas de agosto. As orvalhadas das manhãs das terras altas do Douro mantiveram os perfumes, os aromas frutados, a textura fina e a estrutura densa», assegura a equipa de enologia da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Jorge Alves e António Bastos.
Aromas finos e complexos, marcados pela fruta branca, por especiarias e ainda flores silvestres, juntam-se às notas minerais de pedra molhada de um vinho definido pela estrutura firme e pela textura granítica. Em boca, a acidez cintilante e o corpo pleno de tensão e energia completam uma narrativa maravilhosa, que se prolonga no tempo e na história.