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Novas colheitas FSF e DSF

A José Maria da Fonseca está em fase de lançamentos. Recentemente foram apresentadas a colheita de 2015 do FSF ( Fernando Soares Franco) ; e também colheitas diferenciadas da Colecção Privada Domingos Soares Franco.

O primeiro vinho mencionado - FSF 2015 - cuja primeira colheita remete ao ano de 1998, é uma homenagem ao pai de António e Domingos Soares Franco, membros da 6ª geração da família. 

Nascido em 1918 e licenciado em Agronomia, Fernando Soares Franco (Pai de António e Domingos, Presidente e Vice Presidente / Director de Enologia, respectivamente) foi sempre um inovador nas áreas em que se envolveu. A viticultura foi a sua principal actividade, tendo sido um grande investigador, especializado em microvinificações. Formado pelo Instituto Superior de Agronomia, estudou as castas mais apropriadas para cultivo na região demarcada da Península de Setúbal e a ele também se deve a ampliação da colecção de castas iniciada pelo irmão. Além disso também se dedicou aos queijos, tradição que o seu filho Domingos também mantém, produzindo queijos com marca própria na Quinta de Camarate. 

As suas castas preferidas eram a Touriga Nacional, Touriga Franca, Tannat, Syrah, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alvarinho. Foi ainda devido à sua persistência que se manteve a última vinha de Moscatel Roxo na região. Por tudo o que Fernando Soares Franco representa para a José Maria da Fonseca, o seu filho, Domingos Soares Franco, decidiu criar este vinho FSF – Fernando Soares Franco, feito com algumas das castas preferidas de seu pai: Trincadeira, Syrah e Tannat. No aroma é frutado, complementado com notas de especiarias e algum balsâmico. A tosta da madeira está muito bem integrada, tanto no aroma como no paladar. Complexo e estruturado no paladar, tem uma excelente acidez e termina com um longo final de boca. Desta colheita produziram-se 2600 litros, que estagiaram em cascos novos de carvalho francês por um período de 9 meses.

Colecção Privada

Especiais são também os vinhos da Colecção Privada Domingos Soares Franco, idealizados pelo enólogo para apresentar produtos diferenciadores aos enófilos. Que traduzem o seu espírito criador e a sua paixão pelos vinhos. Nesta colecção, em cada colheita, tem sempre a total liberdade para decidir que vinhos vai fazer e como os vai fazer. A apresentação destas novidades acaba por ter também um significado especial este ano, porque surge na celebração da sua 40ª vindima. São elas os dois novos tintos monovarietais - Colecção Privada DSF Malbec e Colecção Privada DSF Cabernet Sauvignon (ambos de 2017) e a nova colheita e packaging do Colecção Privada DSF Moscatel Cognac 2001. A juntar-se a estes vinhos esteve também em prova, o Colecção Privada DSF Riesling 2019, lançado em Agosto deste ano. Este último vinho também é especial, produzido a partir de uma vinha plantada em 2008 no Nordeste do país, com uma altitude de 630 metros e solo granítico. Segundo Domingos este vinho foi criado após o seu amigo Paulo Hortas, enólogo e proprietário da vinha, lhe perguntar se queria as suas uvas para experimentar fazer um Riesling. Já se sabe, a resposta foi afirmativa, dando origem a um branco de aroma floral, citrino e mineral, com boa acidez e persistência.



Nos tintos, o Malbec destacou-se pelo seu aroma a frutos pretos de qualidade e notas balsâmicas. Frutado, com boa complexidade e elegante, agrada desde o primeiro gole. O último a ser provado, o Cabernet Sauvignon destacou-se igualmente pela qualidade da vindima de 2017, tal como o Malbec, mas obviamente apresentando um perfil diferente. Mais intenso no aroma e presente no paladar. No aroma é frutado com notas vegetais e de especiaria. Os taninos estão presentes no paladar, mas não de uma forma agressiva, antes pelo contrário, de forma bastante equilibrada. No paladar apresenta-se com taninos muito presentes e longo final de boca. Um vinho cheio de personalidade.

Por último, o Colecção Privada DSF Moscatel Cognac 2001. Neste vinho foi utilizada uma aguardente proveniente da região de Cognac, que confere a este Moscatel complexidade e estrutura. Este não foi provado, mas segundo nota do produtor é um vinho «de cor âmbar, com aromas de alperce, ameixa amarela, damasco e raspa de laranja. No paladar, apresenta-se muito fresco e cítrico com notas de damasco e avelã torrada, com final de boca prolongado».