Portugal soma e segue no CMB
Vinhos portugueses voltam a registar bons resultados no Concours Mondial de Bruxelles, com 337 vinhos premiados entre os 900 participantes. O Prémio de Revelação Nacional foi o vinho Vinha das Romãs Tinto de 2020, produzido pela Ravasqueira, na região do Alentejo.
A trigésima edição do Concours Mondial de Bruxelles (CMB), um dos mais prestigiados do mundo, terminou há poucos dias em Poreč, na Croácia, entre os dias 12 e 4 de Maio. O evento reuniu especialistas (produtores, enólogos, jornalistas, sommeliers, comerciantes) internacionais para provar mais de 7.500 vinhos tintos e brancos de quase 50 países do mundo. Entre os vencedores encontram-se vinhos dos cinco continentes, incluindo todos os países históricos produtores de vinho, mas também de origens mais surpreendentes, como a Índia, o Cazaquistão ou a Albânia. Portugal destacou-se uma vez mais com um bom rácio de medalhas conquistadas, 337 em 900 vinhos inscritos. A revelação nacional foi o vinho Vinha das Romãs Tinto de 2020, produzido pela Ravasqueira, na região do Alentejo.
Portugal destacou-se ainda este ano, com a Casa Santos Lima, a empresa mais galardoada ao longo dos anos (participa na competição desde 2008 e contabiliza, até esta 30ª edição, 755 vinhos inscritos e mais de 300 prémios). Este ano arrecadou 23 medalhas nos 35 vinhos inscritos, entre as quais 1 medalha Grande Ouro e 9 medalhas de Ouro. Assim, este ano, a Casa Santos Lima foi convidada a subir ao palco, em Poreč, para receber o troféu Amorim pela mão do seu Director de Marketing e Comunicação, Carlos de Jesus. Na ausência do seu fundador José Luís Oliveira e Silva, foi representá-lo o seu Director de Enologia – Manuel Lopo de Carvalho.
A vizinha Espanha também teve bons resultados este ano, mais precisamente a região de Aragão, que este ano se destacou com nada menos que 42% de vinhos premiados. Aliás, o vinho biológico com a pontuação mais elevada veio desta região, chama-se Palmeri Navalta, e é produzido por Palmeri Sicilia, a partir de uma propriedade situada a mais de 700 metros acima do nível do mar.
Mas grandes surpresas vieram de países menos visíveis no sector dos vinhos. O vinho branco com maior pontuação no concurso deste ano foi o Cenzontle blanco, produzido no Valle de Guadalupe, no México. E, nos tintos, a pontuação mais elevada foi ganha pela Bulgária, com o vinho Vineyards Selection Tenevo, uma mistura de Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot produzido pela Villa Yambol.
De destacar ainda o Troféu Sylvain, atribuído anualmente ao melhor vinho com madeira, que foi para a Califórnia, para o tinto Earthquake Zinfandel, produzido por Michael David Winery na região de Lodi.
De relembrar que todos os vinhos no CMB são provados às cegas por um painel de peritos cuidadosamente selecionados pelo Concours Mondial de Bruxelles, representando 45 nacionalidades. E que menos de 30% dos vinhos apresentados foram premiados.
A próxima sessão de vinhos tintos e brancos do Concours Mondial de Bruxelles terá lugar de 7 a 9 de Junho de 2024 em Guanajuato, México. Esta é a primeira vez que o CMB será ‘exportado’ para o continente americano.
Veja todos os resultados / medalhas atribuídas em: https://resultats.concoursmondial.com/pt/resultados/2023