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Sabores Portugueses no Bico

Localizado no Príncipe Real, um dos bairros mais emblemáticos de Lisboa, o restaurante Pica-Pau tornou-se num destino de referência para os apreciadores da gastronomia portuguesa. Desde a sua abertura, há dois anos, já conquistou um público fiel.

Sob a liderança do chef Luís Gaspar, o restaurante Pica-Pau tem, desde que abriu, uma filosofia que segue à risca: cozinhados que traduzam a autenticidade dos produtos regionais portugueses, sazonalidade e frescura.  «Inspirei-me nos livros da Maria de Lourdes Modesto, uma cozinha portuguesa genuína, de todos os dias, sabores do tempo das nossas avós e da nossa infância. É isso que se pode encontrar no Pica-Pau, o respeito máximo pela culinária nacional» afirma Luís Gaspar, chef do restaurante Picapau.

A decoração do restaurante é confortável e acolhedora. No piso térreo, encontramos a slaa principal e a esplanada, com pavimento revestido a mosaico de marmorite, onde há 60 lugares. No interior, as paredes são revestidas por estantes de metal com garrafas de vinho de marcas portuguesas, além de ardósias negras onde o prato ou o vinho do dia estão escritos a giz branco. No exterior, o verde das plantas e os sofás almofadados emolduram a esplanada coberta (utilizada todo o ano) que comunica harmoniosamente com a sala. A cave acolhe a adega e um espaço privado que funciona para grupos e/ou eventos, mediante reserva. É aqui, por exemplo, que acontecem os almoços ou jantares de grupo.


A decoração do restaurante é confortável e acolhedora.
A ementa é variada e inspirada em sabores nacionais
Luís Gaspar é o Chef do Pica-Pau



O chef Luís Gaspar, formado na escola Profissional de Leiria, de onde é natural, passou por restaurantes como o Pestana Palace, Cais  da Pedra, Grande Villa Itália, Real Palácio e Sala de Corte, onde foi acumulando conhecimento e experiência para agora segurar firme no leme do Pica-Pau, um novo desafio que o remonta às origens «Está a correr muito bem e temos sempre novidade. A mais recente é o menu ‘À janela’, pensado para quem gosta de apreciar alguns dos nossos sabores mais clássicos de forma rápida e descontraída», remata. Assim, entre as 16h e as 19h, podem provar-se petiscos como o Rissol de Leitão, o Pastel de Bacalhau e o Queijo de Nisa, sem esquecer o Presunto de Porco Preto Alentejano e o Rissol de Leitão. Ou pratos tão típicos como Amêijoas à Bulhão Pato, o Bacalhau à Brás, Polvo à Lagareiro ou o cabrito assado.

No entanto, o Pica-Pau oferece também uma experiência gastronómica mais rápida para quem prefere sentar-se ao balcão e desfrutar do menu ‘Petisqueiro’. Aqui, os clientes podem escolher entre uma variedade de salgados fritos na hora, saladinhas frescas, camarão da costa e uma seleção de queijos e enchidos, verdadeiros tesouros da culinária portuguesa. No início do Verão, o Pica-Pau introduziu ainda novos pratos na sua carta principal. Entre as novidades, destacam-se a Espetada do Lombo à Madeirense com milho frito e bolo do caco – dose para duas pessoas - e o Arroz de Lavagante, além das Pataniscas de Bacalhau com Arroz de Feijão, a Massada de Garoupa e Camarão.

Na cozinha do Pica-Pau, a aplicação das técnicas culinárias certas tornou-se um factor primordial, «pontos de cozedura certos, polmes feitos com exatidão, confitar alguns produtos em vez de os cozer, como o Bacalhau à Brás, por exemplo, sem nunca excluir o defeito, rumando à autenticidade», diz o chefe. O desafio e a provocação são então assumidos, «se é para ser comida tradicional portuguesa sem reinvenções, o resultado poderá incluir imperfeições, que são o que lhe dá caráter», remata. Não há, por isso, cortes perfeitos ou simétricos (evitando assim o desperdício), empratamentos irrepreensíveis ou técnicas suplementares a tornar o que chega à mesa mais atrativo — aqui importa o sabor e a tradição, que a equipa pretende preservar, homenagear e difundir.


Amêijoas à Bulhão Pato
Massada de Garoupa e Camarão
Pataniscas com arroz de feijão
Cabrito assado no forno
Pudim abade de Priscos



No final da refeição, para os mais gulosos, não faltam as sobremesas, confecionadas através de receitas tradicionais, como o leite creme, farófias ou o pudim abade de priscos.

Destaque ainda para a nova linha de produtos à venda no restaurante e no site, que permite aos clientes levarem para casa alguns sabores da experiência ali vivida. Estes produtos, que vão desde azeites e conservas até flor de sal e ginjinha, são cuidadosamente selecionados em pequenos produtores portugueses, algo que reforça o compromisso do restaurante com a autenticidade e a qualidade.

A complementar as sugestões gastronómicas, o restaurante Picapau tem uma carta de vinhos que, sendo pequena, é interessante, com sugestões variadas, um a dois vinhos por cada região, entre espumantes, brancos, rosés, tintos e licorosos, quase sempre de pequenos produtores.  Cocktails como a Amarguinha, Ginginha ou Moscatel, ou os Porto Tonic e Madeira Mojito surgem também numa homenagem aos sabores tipicamente portugueses.




Recorde-se que o restaurante Pica-Pau pertence ao Platform, um dos maiores grupos de restauração em Portugal, com 25 marcas, das quais 22 próprias e 3 internacionais, num total de 150 restaurantes e 2200 funcionários. Foi criada em 1998, quando o CEO Rui Sanches lançou o primeiro conceito de comida saudável em ambiente de food-court em Portugal, o Vitaminas. Seguiram-se o Wok to Walk, Honorato, Capri, Milano, Talho Burger e Talho do Mercado, e juntaram-se projetos mais sofisticados como o Aprazível, no Chiado, a steakhouse Sala de Corte, a delicatessen DeliDelux e a Pizzeria ZeroZero. Com o Chef Henrique Sá Pessoa, a Plateform abriu o corner no Mercad da Ribeira e, em Outubro de 2015, o Alma (2**Michelin), seguindo-se ainda o Tapisco e o Balcão (Gourmet Experience, do El Corte Inglês). Mais recentemente, e mantendo o registo de pluralidade de conceitos gastronómicos, abriu o Coyo Taco, o Honest Greens, o Brilhante e o Rocco, fazendo este último parte do hotel de cinco estrelas The Ivens, no Chiado. Em Julho de 2022, o grupo trouxe tradição à capital portuguesa e inaugurou o Pica-Pau, no Príncipe Real.