Symington lança Chryseia 2018
Todos os anos o enólogo Bruno Prats vem a Portugal a convite da família Symington apresentar a nova colheita de Chryseia que ambos fazem em parceria desde 2000. Com as dificuldades de viajar em tempo de pandemia, não fomos presenteados este ano com a sua simpatica presença, mas conseguimos provar a nova colheita, que mais uma vez surpreendeu.
A Prats & Symington acaba de apresentar o Chryseia 2018 Douro. Tendo-se afirmado nas duas últimas décadas como um dos DOC Douro de referência, o Chryseia resulta da parceria entre as famílias Prats e Symington. O momento de apresentação do novo vinho teve lugar no Restaurante Casa dos Ecos — do chef Pedro Lemos —, na Quinta do Bomfim, e contou com a presença de Rupert (à direita na foto de entrada) e Charles Symington (à esq), respectivamente, o CEO e o enólogo da empresa de família.
Os caminhos entre os Symington e Bruno Prats cruzaram-se há alguns anos, no âmbito da PFV – Primum Familiae Vini, organização que reúne algumas das mais famosas famílias ligadas ao vinho a nível mundial. Na altura, o Château Cos d´Estournel de Bruno Prats ainda integrava a PFV. Bruno Prats liderou a famosa propriedade de família juntamente com os dois irmãos, durante quase 30 anos. Além disso, as suas tradições no vinho são fortíssimas, o seu avô foi um dos proprietários do célebre Château Margaux. Mais recentemente, com a saída de Estournel do foro familiar, Bruno Prats aventurou-se fora de França e decidiu aceitar novos desafios, no Chile, na África do sul e em Portugal.
Assim nasceu não só a parceria com os Symington, como uma bela amizade. Em 1999, ano em que se iniciou o projecto, investigou-se logo quais as melhores parcelas de vinha e as castas mais adequadas para produzir o Chryseia.
Após várias experiências, Bruno Prats percebeu que as castas Touriga Nacional e Touriga Franca seriam a melhor base para o Chryseia. Nasce assim a primeira colheita e 2000, que o enólogo considerou ter sido um bom ponto de partida. A segunda colheita deste vinho, o Chryseia 2001, garantiu a primeira entrada de um vinho tranquilo português no TOP 100 anual da Wine Spectator, alcançado a posição 19 com 94 pontos.
Uns anos mais tarde,em Janeiro de 2013, o Chryseia 2011 alcançou também uma excelente pontuação, 97 pontos na Wine Spectator, a segunda nota mais alta de sempre atribuída pela publicação a um vinho tranquilo português, tendo ainda sido classificado na terceira posição no TOP 100 de 2014 da revista. Não é para todos, portanto.
Hoje, em estreita colaboração com Charles Symington, o enólogo da família que detém o maior património de vinhas no Douro (27 Quintas com mais de 1.000 hectares de vinha e com marcas como a Graham’s, Dow’s, Warre’s, Cockburn’s, Quinta do Vesuvio e Altano), Bruno Prats continua a conseguir adaptar na Quinta de Roriz os princípios de qualidade e elegância de Bordéus.
Esta nova colheita de 2018 tem 55% de Touriga Franca e 45 % de Touriga Nacional e passou 15 meses em barricas de carvalho francês de 400 litros. Como sempre, foi feito com as melhores uvas da Quinta de Roriz e da Quinta da Perdiz , propriedades da Prats & Symington, assim como uvas da Quinta da Vila Velha (de uma vinha vizinha a Roriz), propriedade particular de James e Rupert Symington. No aroma é frutado e floral, e no paladar complexo mas com uma frescura incrível que lhe confere uma enorme elegância.